Se você costuma pegar treinos da internet e aplicá-los em sua rotina na academia, é melhor se atentar, principalmente se você é mulher e está realizando uma série feita por um homem para outros homens. A melhor opção é consultar um personal trainer, que poderá adaptar seus exercícios conforme sues objetivos e, algumas vezes considerando, ainda, o seu gênero.
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O educador físico e sócio do aplicativo Personal Virtual José Corbini destaca que existem diferenças físicas e fisiológicas entre os gêneros. “Naturalmente, as mulheres possuem menos massa muscular e mais gordura corporal do que os homens e, por isso, elas têm mais dificuldades em perder gordura e ganhar músculos”, explica.
Para reforçar as diferenças entre as necessidades de homens e mulheres durante a montagem do treino, o profissional destacou alguns fatores que devem ser sempre considerados.
Segundo José, a primeira diferença é que homens têm uma preferência para trabalhar a parte superior do corpo, enquanto as mulheres costumam focar nos exercícios destinados aos membros inferiores. Contudo, vale lembrar que, apesar de focar em determinados músculos, isso não significa que mulheres tenham que deixar de treinar membros superiores, nem que homens devam abandonar os agachamentos, pois os treinos se completam.
“É sempre importante buscar o equilíbrio e trabalhar o corpo como um todo, mesmo que para alguns grupos musculares o trabalho seja mais intenso”, recomenda o profissional.
Independentemente do gênero, exercícios cardiovasculares são importantes, pois, além de complementarem a musculação, promovem a saúde geral. Mas, nesse quesito, conforme o educador físico, também é notada uma diferença entre os sexos. Enquanto as mulheres têm preferência por exercícios aeróbicos em aulas coletivas como danças, a maioria dos homens opta por outras práticas, como esteira, bicicleta ou elíptico.
Segundo Corbini, cada caso é um caso. “É preciso planejar o treino considerando as características específicas e nível de condicionamento. Acima de tudo, os treinos devem ser preparados para pessoas, e não gêneros”, pondera o profissional.
Apesar de todos os pontos citados, ele destaca, que não se deve generalizar os objetivos e preferências. Além disso, rejeita os estereótipos sobre o masculino e feminino, e alega que pode se tornar um problema de saúde quando extremo.
“As pessoas às vezes buscam se encaixar em um padrão e acabam excluindo suas individualidades. O importante é cultivar o equilíbrio na saúde física e mental e ter uma visão mais ampla, pensando no bem-estar e qualidade de vida como um todo. Não é preciso ter pressa! Com disciplina e consultoria adequada o resultado aparece”, finaliza.